quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A Geração Digital e os tiozinhos

Para comentar um pouco sobre bonitinhos e bonitinhas das gerações Y e Z, compactarei toda a corja, nomenclaturando-a de Geração Digital. Gente jovem, fina, elegante e sincera com habilidade para novas tecnologias e formas de relacionamento em rede. É bem por aí.

Como todo post da tia Leila, esse é mais um avacalhativo e analítico da visão deturpada que gerações anteriores têm da gente. Porque é fato que temos uma sobrecarga de conteúdo inquestionável se comparado a eles (X e Baby Boomers) e, como todo conflito de ideias, rola uma birra.



Para facilitar a leitura, não deixando um texto chato, concluí que a turma do Renew tem uma imagem equivocada de nosso time. Portanto, preparei uma relação sobre essa relação:

#COMO ELES NOS VÊEM?
Pele com colágeno cercada de touch screen por todos os lados (botão não, porque botão é coisa do passado). Seremos ótimos informantes do mundo das redes sociais, atualizando-os com velocidade sobre as coisas que acontecem no mundo sem que eles tenham o trabalho de pesquisar (ou aprender a pesquisar) em nossas fontes.

Por falar nisso, eles nos enxergam também como ótimos pesquisadores e profissionais rápidos, embora pensem que nossos canais de pesquisa sejam procrastinação pura com isso aqui de vadiagem. Acham, em síntese, que somos repletos de alvos e, portanto, desfocados. Coisa de zona de conforto.



#COMO NOS VEMOS?

Nós somos netos de uma geração extremamente cautelosa e prudente (os Baby Boomers, do pós guerra) e filhos de outra despirocada em drogas, sexo e rock'n'roll que, graças à onda do bom senso que permeou os anos 90, tomou tendência e viu que era tarde demais - enquanto eles viviam o ridículo do exagero, nós nascíamos. Somos fruto de uma sucessão de burradas políticas e econômicas que resultam em mais burradas culturais e climáticas, ou seja, um mundo cu.

Um mundo em que nossos superiores nos vêem unicamente como procrastinos e desfocados - no meu tempo, o nome disso era arrogância. Um mundo perdido, escroto, louco. É por essa falta de orientação e pela vontade de fazer as coisas mudarem, que inventamos um novo mundo: o mundo digital.




 Lá, a gente pode customizar as coisas a nosso modo, adicionar, conhecer, bloquear e excluir pessoas. Isso acontece, porque o mundo real chegou no nível impraticável. No mundo digital, a gente também tem o poder de mudar o foco a hora que quiser, plantar e motivar pessoas do mundo todo de forma rápida por uma boa causa (ou não), falar com gente famosa, virar gente famosa... Internet é parte da alma do jovem da geração Digital e celulares, laptops e IPads são nossa extensão do cérebro.

Bagunça e falta de foco o caramba. No mundo digital, nós temos regras - mais até que no mundo real, diga-se de passagem. Regras de uma vida ideal de sociedade - o todo comanda. Não existem líderes que não foram eleitos por uma comunidade, de fato. Lá nós mentimos e falamos a verdade, bem como sabemos discernir quando outra pessoa faz o mesmo. Definitivamente, a geração digital sem querer escolheu viver bem - na internê somos todos iguais e fim de papo.

                                          

Vivemos o geral. Não é má vontade, ou mediocridade de não nos aprofundarmos em algo. As palavras mágicas são convergir, colaborar e compilar conteúdo e eu acho isso até bem saudável no desenvolvimento cerebral de uma galera que pegou a rebarba do mundo e tem muita coisa pra assimilar.

Aí você pergunta: mas tia, Leila! Que porra é essa? Cadê as piadas? Aí eu respondo: vai tomar no cu. A piada dessa vez é o choque de valores e a falta do crédito que deveriam depositar em gente nova. O mundo é acelerado e, enquanto houver gente cuzona sem a humildade de reconhecer que todo mundo anda mais ou menos pareado, mais posts como esse virão. Aprendizado é via de mão dupla (daquelas, bem indianas) e eu que não me meta a besta de não querer aprender - com quem vem e com quem vai.

Okey? Então Ok. =)

2 comentários:

  1. Eu desprezo delimitações como o presente ou o futuro porque vivo na eternidade, então, já vi incontáveis gerações florescerem, dominarem e caírem na obsolecência tão rápido quanto um asteróide cruza o céu. Nós que momentâneamente partilhamos o planeta em breve seremos suplantados pelos recém chegados, que vão olhar pra gente com comiseração e pena - e espero sinceramente, piedade. A única novidade desde a invenção do alfabeto e do registro da comunicação humana seria uma máquina que gravasse os sonhos, mas... divago.

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